domingo, 17 de abril de 2011

RESUMO 3

Disciplina: Tendências Contemporâneas de Currículos
Profª Drª. Rita de Cássia M. T. Stano
Aluna: Ângela Maria Azevedo Morais / Ana Carolina Carneiro Lopes


 

A CRISE DA MUDANÇA DOS CURRÍCULOS - Cap. I
GOODSON, Ivor
            Examinando uma série de casos propus um modelo de ondas de mudança em que um período mais aberto, inclusivo e democrático é muitas vezes seguido por um movimento contrário mais reacionário

            Um dos estudos de casos mais detalhados e completos da mudança no ensino em uma única instituição durante um período significativo de tempo é o estudo de Smith e seus colegas sobre a Escola Kensington (Smith et al. 1986, 1987, 1988)

             No começo de um estudo que iria se prolongar por um quarto de século, Smith, Prunty, Dwyer e Kleine predisseram com uma precisão extraordinária que essa escola inovadora, de plano aberto e ensino por equipe, com um processo decisório democrático e estudantes organizados em divisões e não por séries iria, no final, recuar para o mesmo nível das outras escolas do distrito. Esse retrocesso, disseram eles, seria resultado da pressão da comunidade das mudanças na administração dos escritórios centrais e das mudanças de pessoal em outros níveis escolares. Estudos de caso históricos e longitudinais desse tipo servem como um sério aviso para aqueles que podem ter a tendência de se tornarem otimistas demais sobre os esforços contemporâneos de mudanças no ensino quando são examinados apenas instantâneos dos primeiros estágios dessas mudanças (ex.: Lieberman, 1995, Wasley, 1994). O que é preciso agora é um conjunto de pesquisas históricas e longitudinais de mudanças escolares em uma variedade de locais, em que as trajetórias das mudanças e as condições em que são baseadas também variem.

            A grande virtude de examinar a teoria da mudança curricular e as iniciativas de mudança nesse momento é que isso nos permite examinar minuciosamente hoje em dia uma simples maneira de expressar esse paradoxo seria dizer que o atual modelo de posicionalidade  está tão invertido que nossa premissa normal de que as forças progressistas devem estar a favor da mudança precisa ser examinada seriamente. Como veremos, essa premissa é, no melhor dos casos, ingênua e, no pior deles, intencionalmente mal orientada.

            Em momentos difíceis, quando as forças globais estão estimulando a reestratificação e a rediferenciação, a mudança pode ter um lado muito pouco desejável. Com isso, os teóricos e defensores da mudança irá exercer seu efeito. Pois, se não levarem a cabo essa investigação poderia estar promovendo mudanças que tem efeitos sem diferentes daqueles que possam estar desejando.
A mudança, longe de ser progressista, poderia ter o efeito oposto.

            Atualmente, essa escolha do momento para as iniciativas de mudança é extremamente problemática devido as forças globais que já consideramos. É bem possível que, nos tempos atuais, as forças progressistas devessem estar a favor da mudança.
            No entanto, o pêndulo agora está oscilando na direção de uma preocupação crescente com as desvantagens sociais da desregulamentação do mercado.

Um comentário:

  1. Um resumo muito bem efetuado. Que sirva de material de pesquisa. Parabéns às autoras!

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