quarta-feira, 18 de maio de 2011

TEXTUALIZANDO 1

Uma reflexão sobre:
 A onda, O perigo de uma história única e as questões curriculares
O filme, A Onda, trata de uma situação vivenciada dentro de uma sala de aula que refletiu na vida de uma comunidade. O professor com a intenção de tornar sua aula mais interessante faz uso de uma metodologia de aprendizagem (sócio-drama) para trabalhar o conteúdo: Autocracia, tornando-o mais significativo para seus alunos. A proposta de trabalho foi aceita pelos alunos, que incorporaram, vivenciaram as ideias autocratas sem nenhum questionamento no seu dia-a-dia, deixando evidente a falta de controle do professor diante do que estava acontecendo.
A palestra, O perigo de contar uma história única, da escritora Chimamanda Adichie conta a história de como ela encontrou sua autêntica voz cultural - e adverte-nos que se ouvimos somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de gerar grandes mal-entendidos.
Relacionando as situações relatadas acima com as questões curriculares discutidas em sala de aula faz com que paremos um pouco para colocarmos nossas ideias em ordem e questionarmos sobre o Currículo nas escolas: Como ele vem sendo trabalhado e qual seu reflexo na vida social? Os professores questionam o conteúdo, a metodologia, a concepção de aprendizagem quando algum conteúdo é trabalhado? Há uma preocupação por parte do professor de fazer com que seus alunos reflitam o conteúdo de maneira crítica e sobre diferentes pontos de vistas? Nós, educadores, consideramos o Currículo como um elemento cultural? Quando falamos em elemento cultural estamos referindo a uma cultura ou as culturas? Já pensamos em como podemos preparar o cidadão para um mundo globalizado sem que este perca sua identidade? Isto é possível? Cabe a nós, educadores, nos posicionarmos e conscientizarmos de nossos papéis diante da formação do aluno cidadão, pois o Currículo tem uma base ideológica, tem um discurso de superficialidade e de interesses específicos o que faz com que nossa fala seja muito perigosa. Temos a capacidade de formar opiniões e abrir mentes ou também o contrário, podemos não estar contribuindo para uma realidade de vida melhor, para um processo de emancipação de nossos alunos. Qual está sendo o nosso papel neste processo de formação de pessoas racionais? Digo racionais porque somos seres que pensamos, decidimos, temos nossas certezas e verdades, nossos motivos, nossas causas, nossas paixões e sentimentos, nossa consciência intelectual e moral. Enfim, que história estamos contando em nossas escolas?

Ana Carolina Carneiro Lopes
28/04/11

Um comentário:

  1. Texto bem articulado, com indagações importantes. Cuidado apenas com o sentido de racionalidade humana.

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